terça-feira, 19 de julho de 2011

Porque Sempre Volta?

               Esses dias tudo voltou um pouco, tem algumas coisas na vida que não gostamos de ouvir, é que por vezes o direito de liberdade dos outros chegam a invadir o nosso, e é tão ruim... Mais as coisas passam, é passam, não sei em que velocidade isso acontece, nem sei se fingir está bem foi a melhor decisão sempre, mais eu segui meu coração, eu fui feliz por alguns momentos e cheguei muito longe e quando achava que tudo seguia bem como eu desejava, foi o fim... E que fim, ninguém pode imaginar o quanto doeu, e eu sofri, mais depois de ontem eu entendi o que estava diante dos meus olhos desde o principio, e eu quero crescer agora, esquecer o que fez de mim uma garota menos alegre por todo esse tempo... 

 
         Viver do jeito que mamãe me ensinou desde criança, tem sempre algo bom guardado para nós em algum lugar, não encontrei o que procuro ainda, não sei quando vai ser, mais não vou desistir por nada... Está em estado de extrema felicidade é difícil demais, mais os caminhos são muitos e tem espaço para todos... Amo meus amigos, e a minha familia, tenho esses grandes motivos para não desistir nunca... Por hoje ainda doe, não sei porque aconteceu, mais vou tentar trazer meu sorriso de volta amanhã, por mim e por todas as pessoas que são minha razão de viver... A partir de agora eu vou sempre exigir um pouco mais de mim, e deixar que a vida traga as respostas...
 Esse é um dos textos feitos pela FÁTIMA..Pra vc querida, a minha homenagem.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Adeus, Anjo de Luz...


               Essa é uma postagem bem mais que especial, porque ela é dedicada a uma pessoa que foi pra mim, muito importante, por vários anos. Sabe quando você conhece um cara e na sua percepção ele é muita areia para o seu pobre caminhãozinho? Sabe quando de repente, esse mesmo cara começa a agir com você de uma forma diferente, carinhosa, atenciosa e da forma que você nunca imaginou que um dia ele pudesse fazer? Sabe quando depois tudo, o destino parece conspirar a seu favor e de repente você tem a rara chance de beijá-lo e num súbito momento de loucura você diz que não quer, embora no silêncio do seu coração exista um SIM gritando alto? Sabe quando entre você e ele há tantos olhares, há tantos sinais, há tanta atração, há tantas situações que te leva a acreditar que entre vocês existe uma conexão tão forte que a qualquer momento tudo resultará em uma grande história de amor, digna de ser contada em um filme? Sabe quando ele, por querer aumentar sua lista de “garotas idiotas que gostam dele” ou apenas pra elevar a autoestima, te enfeitiça e age de forma que realmente te faz acreditar que vocês nasceram pra ficar juntos, que embora ele fique com várias outras mulheres, inclusive algumas de suas amigas, você permanece sendo a que ele sempre vai olhar com paixão, com amor, com respeito e que vocês ainda não estão juntos porque, assim como em uma comédia romântica, a toda hora muitos obstáculos estão sendo colocados entre vocês, existem pessoas que conspiram contra e a cada dia tentam afastá-los um do outro? Sabe quando ele manda por e-mail fragmentos de poemas do tipo “Saudade é solidão acompanhada, é quando a amada já foi embora mais o amor permanece”, justamente na época em que você foi morar em outra cidade? 


            Sabe quando você vai a uma festa e lá o encontra e de repente ele, aparentemente, esquece tudo e todos e te chama pra dançar e juntos você tem a sensação de que vocês realmente combinam e que ele pensa da mesma forma? Sabe aquela sensação de paz, de segurança e de carinho que você sente todas as vezes que ele te abraça? Sabe quando depois de uma discussão pela internet ao se encontrarem vocês se tratam como se nada alguma dia houvesse acontecido e você sente que realmente não consegue ficar com raiva dele? Sabe quando de repente tudo o que você acreditava piamente se transforma em poeira e você descobre que todas aquelas sensações, todos aqueles olhares, todas aquelas situações não passaram de ilusões e que aquele cara que a princípio era muita areia para o seu pobre caminhãozinho ainda continua sendo muita areia, talvez até o dobro de areia que era antes? 

Pois é, eu passei por isso e as vezes chego a acreditar que ainda não fui capaz de superar tudo.
 
              No final das contas, perdi o que nunca tive, me dissolvi em lágrimas, tentei encontrar uma solução, aceitei o doloroso título de apenas amiga, na tentativa de pelo menos assim tê-lo por perto e depois disso tudo percebi que a história que, na minha percepção, tinha tudo pra terminar com uma música romântica e um beijo lindo de amor, tornou-se apenas um amontoado de desilusões. O que fazer então, quando tudo o que você acreditava acaba assim de uma hora pra outra? O que fazer com todas aquelas sensações que tão carinhosamente você abraçou e guardou em seu coração apenas para se sentir viva?  O que fazer com todas aquelas certezas que te fazia seguir em frente quando você sentia-se frágil demais pra prosseguir? O que fazer com todas aquelas imagens dele te olhando com afeto e sorrindo pra você em meio à multidão como se dissesse: “Estou com você”? O que fazer com todos aqueles anos que você acreditou que ele gostava de ti? Como dá as costas a todo esse sentimento e seguir em frente?
Como diz a música: Descobri lindas mentiras tão terríveis quanto belas. Diga o que fazer então, se são memórias tão reais, do que nunca aconteceu. Desenhei miragens tolas, nas margens do seu deserto e uma verdade impossível só pra ter você por perto”.

           Então é isso. Pra você querido, que um dia foi minha mais linda “quase história de amor”, pra você que fez parte dos meus sonhos noites a fio, pra você que mesmo longe sempre esteve bem perto de mim, pelo menos nos meus sentimentos, pra você que me olhou, me abraçou, segurou a minha mão e me fez acreditar que juntos poderíamos ir a qualquer lugar mesmo que fosse em outro planeta. Pra você que me fez suspirar todas as vezes que sorria pra mim, que me fez ver tudo mais colorido todas as vezes que disse algo carinhoso e dançou comigo, pra você que um dia me fez sentir segura ao me abraçar forte, pra você que um dia foi tão importante e que agora tenho que virar as costas e seguir em frente, eu dedico esse poema:

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces. Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausta. No entanto, a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida e eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado. Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados. Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada. Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encontrarás a tua face em outra face. Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada. Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite. Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa. Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço. E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só, como os veleiros nos pontos silenciosos. E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas. Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz perenizada.
(Martha Medeiros)




quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os 11 Mandamentos da Mulher Inteligente


1.    Manter todas as expectativas fundamentadas na realidade.
2.    Nunca esquecer suas prioridades ou o seu eu.
3.    Não se dedicar a um homem mais tempo do que ele se dedicaria a você.
4.    Não esperar por um homem mais tempo que ele esperaria por você.
5.    Não passar mais tempo analisando os problemas de um homem do que você passa tentando compreender os seus.
6.    Não transformar um homem mortal no próprio Deus.
7.    Não cobiçar a vida da sua amiga só  porque ela tem namorado e você não.
8.    Julgar todos os homens pela consistência de suas ações e não por suas palavras.
9.    Não tolerar nenhuma forma de abuso.
10.     Desenvolver seus próprios talentos, seu próprio potencial e sua própria independência.

 
  11.  Ser justa com os homens de sua vida e esperar justiça em troca.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Quase Amores...

           O amor é astuto, é sutil, é traiçoeiro. Não se sabe quando, como ou onde o encontraremos, a única certeza, que na verdade nem chega a ser certeza e sim um desejo contido que todos nós carregamos em nossos corações, é que um dia vamos encontrá-lo, ou em outros casos, ele nos encontrará. Pode ser que você vá ao banco e volte apaixonada (o), pode ser que você saia em um dia de chuva e o encontre enquanto caminha rápido rumo ao seu destino, pode ser que um dia você vá à igreja e o seu amor esteja lá, pode ser que ele tenha sempre caminhado ao seu lado e você só se deu conta disso quando quase o perdeu, pode ser que você o encontre com a ajuda da internet ou através de amigos em comum, pode ser na praia ou em um momento inusitado, pode ser a qualquer dia ou em qualquer momento, isso é relativo e também nem importa muito, porque o que realmente importa é encontrá-lo.
 
Mas, como nem tudo na vida são flores, existe um tipo de amor diferente, o que você encontra, mas você não é encontrado. Como disse a protagonista do filme O amor não tira férias: “ também um outro tipo de amor, o do tipo mais cruel, aquele que quase mata suas vítimas, mais conhecido como : Amor Não Correspondido. Esse é o amor que faz alguém se  apaixonar sozinho, tornando-as vítimas do amor que não é recíproco.”  O amor não correspondido mata mais do que acidente de carro, dói mais que dor de dente, sufoca mais do que fumaça, destrói mais do que qualquer outra coisa, porque primeiro ele te consome por dentro, pouco a pouco, sem pena, sem receio, sem pudor, em seguida te imbeciliza e te torna fraco, te faz rastejar. E não adianta correr, não adianta tentar fugir, não há medicamento em nenhuma farmácia ou em análise em laboratórios na galáxia inteira, que possa trazer a cura. Bem, se existisse uma premiação para a pessoa que mais sofreu desse tipo de amor, sem dúvida eu ganharia. Talvez eu tenha esse dom ou essa maldição, defina como quiser, de sempre gostar de quem não gosta de mim. As sensações são sempre as mesmas, borboletas no estômago, tremores constantes nas mãos, olhares cautelosos e frequentes, sorrisos involuntários, suspiros incontidos e por aí vai. De repente, a decepção. Você descobre que não é recíproco, que você está solitário no meio do sentimento, então, o seu coração fica apertado, tudo fica meio que preto e branco, você busca soluções, traça novas rotas, tenta táticas de conquista e continua lá, amando sozinho. Você busca alternativas com seus amigos e a resposta é sempre negativa, você busca nas letras das músicas algo que te estimule a seguir em frente, e tudo o que consegue é ficar deprimido, você usa sua arma secreta e aí descobre que nada resolve e que aquela arma secreta na verdade era algo bem previsível. E então, você sente-se de joelhos no chão em um quarto escuro e descobre que aquele é o tal fundo do poço”. Daí você chora, se desespera, se recusa a aceitar, relembra algum raro momento feliz junto da pessoa, na tentativa de encontrar algo que seja sua salvação e no final das contas tudo o que você encontra é o vazio. Algumas pessoas, por serem mais fortes, mais decididas ou mais qualquer coisa, conseguem enxugar as lágrimas, respiram fundo, aceitam a realidade por mais dura que ela possa ser e decidem seguir em frente. Elas de alguma forma misteriosa, encontram um punhado de coragem em meio a destruição e aos estilhaços de coração partido, agarram-se fortemente a essa coragem e aos poucos levantam-se e seguem uma nova vida ou pelo menos tentam, o que já é um grande passo. 
 
Outras pessoas, porém, por não conseguirem entender e aceitarem de forma mais racional que algumas pessoas não nasceram para ficarem juntas, perdem-se delas mesmas e dedicam-se a negra sensação de perda. Eu mesma já passei por essas duas situações, uma vez na tentativa insana de encontrar o amor eu me deparei mais uma vez com esse tipo de sentimento. Amei e não fui amada em troca, daí quando percebi isso me pus em estado de replay, voltando dia após dia em um círculo vicioso, na tentativa vã de encontrar algo em que eu poderia me agarrar para sempre. Abracei cada momento como quem abraça um amigo distante, revivi profundamente cada sensação como se uma após a outra tivesse acabado de acontecer, embalei carinhosamente cada memória como quem põe pra dormir uma frágil criança. E lá estava eu, perdida e sozinha. Daí depois de um bom tempo tentando encontrar o caminho que me levasse ao amor correspondido, entendi que eu girava em círculos e que daquela forma eu jamais poderia ser feliz, quando dei por mim meus princípios haviam sido, a muito, lançados ao vento, minhas aspirações eu havia guardado de forma amontoada em um lugar bem pequeno, afinal, um coração precisa de espaço pra amar e tudo o que eu estava fazendo era mendigar o amor de uma pessoa que estava ocupada demais pra olhar pra mim, estava longe demais pra que eu pudesse trazê-lo para perto. Então, eu me agarrei no ultimo fiapo de amor próprio que eu encontrei e decidi me reerguer. Como disse a protagonista do filme Ele simplesmente não está afim de você: “ Talvez o final feliz não inclua um cara maravilhoso, talvez dependa só de você, talvez esteja por sua conta juntando os pedaços e recomeçando, se libertando para achar uma coisa melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente ou talvez seja apenas saber que mesmo com ligações sem retornos e corações partidos, apesar de todos os erros e sinais mal interpretados, apesar de toda dor e constrangimento você nunca, nunca perdeu a esperança.”
 
         E é isso, depois de perceber a que papel eu estava me prestando, eu ergui os olhos, respirei fundo e segui em frente. Sei que vez ou outra o finado, como eu costumo chamar, volta de sua catatumba direto do Triângulo das Bermudas ou da Pensilvânia, mas, por mais que algumas vezes eu seja surpreendida por um reflexo de tudo que passou e seja assombrada em noites melancólicas e nostálgicas por esse sentimento, ainda assim, quando o dia nasce tudo é levado embora, o sentimento que até então me mortificava é levado pra longe, distante o bastante pra que eu não veja nem a sombra e tudo de certa forma se torna uma coisa qualquer. Como diz Rita Lee: “Um dia depois, tudo vira bosta.” E eu sigo em frente, com a esperança inabalável de um dia ser amada em troca. E se por acaso você está amando e não está sendo correspondido, e se por acaso você já fez de tudo pra essa pessoa e mesmo assim ela não sente nada por você, então, tá esperando o que pra abandonar esse caminho e seguir em um outro diferente?  


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Conto de Fadas para as mulheres do século XXI

                 Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa que, independente e cheia de auto estima, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava em conformidade ecológica, se deparou com uma rã.

Então, a rã pulou para o seu colo e disse:

-Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo em um belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o nosso jantar, lavarias as roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...


            
             Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à milanesa, acompanhada de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava...
Nem morta!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Distante de Nós Mesmos...

             Algumas vezes na vida nos sentimos distantes demais de nós mesmos. Tão distantes, que poderia ser construída uma megalópole nessa lacuna. É como se todos nós de uma forma ou de outra estivéssemos sempre à procura de um lugar a qual pertencemos, como uma sombra à procura do seu próprio corpo. E por mais estranho que isso tudo possa parecer, todos nós já passamos ou ainda vamos passar por isso, mais cedo ou mais tarde. Dante uma vez disse: “ Na metade da minha vida me achei numa selva densa”.


         Eu particularme, vivo me encontrando nessa selva densa. Já me perdi de mim mesma várias vezes, acho que até mais vezes do que eu gostaria. E o que eu fiz? Rezei. Na tentativa de achar o caminho de volta eu apenas tentei me acalmar e respirei fundo. Quando você se perde o difícil não é estar de fato perdido, e sim perceber que você já se afastou um pouco demais de você mesma. Muitas pessoas não conseguem discernir que se perderam e seguem para sempre longe delas mesmas, longe de seus sonhos, longe de suas aspirações mais íntimas, longe de tudo que acreditavam ser necessárias em suas vidas.


                Eu tinha alguns sonhos e eu estava decidida. O meu plano consistia em seguir em frente e só pararia quando eu tivesse chegado lá, quando eu tivesse realizado cada um dos desejos. E então eu viajei para o DF, e minha jornada teve início. Daí se passaram 6 meses e, os sonhos que eram tão intensos na minha cabeça baixaram a voz. Depois mais 6 meses se passaram, formando assim 1 ano, e a voz dos meus sonhos que antes havia baixado um pouco, naquele momento não passava de um mero sussurro. Eu acordava cedo, descia as escadas meio que tropeçando nos degraus por ainda está com sono, depois de me arrumar eu tomava café sem degustar, pois já estava atrasada demais pra isso, depois escovava os dentes na pressa, pegava minhas coisas e corria para o ponto de ônibus. Já no ônibus passava mais tempo tentando não cair, por estar muito lotado, do que realmente pensando na vida, tentando me encontrar. Então, um certo dia eu parei pra pensar em tudo que havia planejado no começo da jornada e, a única conclusão que cheguei foi que eu já estava a milhas de distância de mim mesma a muito tempo. Eu não parava mais pra olhar o quão bonito o dia havia amanhecido, eu já não parava pra olhar as diferenças físicas que o tempo estava trazendo para meu corpo, eu não lembrava mais qual era a minha meta principal, eu não sabia mais quem eu era. E lá estava eu, no meio de uma selva densa, mais perdida do que cego em tiroteio.


             Um ano e meio depois eu já estava quase pesquisando no “Google Earth” uma forma de me encontrar, talvez com a ajuda do satélite eu pudesse encontrar o lugar a qual eu pertencia. Quando isso acontece não há como dizer exatamente como cada um vai reagir, algumas pessoas ao encontrarem-se perdidas não fazem nada, acomodam-se lá mesmo onde estão e continuam, pois para elas continuar de onde estão é mais fácil do que voltar ao começo. Outras pessoas porém, não conformadas com a perda delas mesmas, retornam ao começo na intensa tentativa de não se perderem jamais. E foi aí que, partindo da segunda opção eu decidi mergulhar na viagem em busca de mim mesma. Retornei ao princípio e acabei descobri que o fundo do poço não é o final, que na verdade é parte de um túnel que te leva diretamente ao recomeço. E como todos sabem, é lá no recomeço que você encontra a luz, encontra seus princípios perdidos, seus sonhos distantes, encontra a estrada que te leva a uma nova jornada e acima de tudo, encontra a si mesmo





Os Encontros e Desencontros...

                       
               A vida com todas as suas reviravoltas, com todas as suas idas e vindas, suas chegadas e partidas, seus sorrisos e lágrimas, é na verdade um amontoado de encontros e desencontros. Às vezes você viaja e, em questão de minutos passa a conhecer metade da história da pessoa que vai do seu lado e vice versa. Isso define um encontro. Outras vezes você conhece uma pessoa desde pequeno e jura que aquela pessoa será seu amigo para sempre, no entanto, no meio da jornada você descobre que aquela pessoa já não é tão familiar quanto você achava que era. E isso define um desencontro. Os caminhos são assim, às vezes seguem juntos como uma BR com várias faixas, outras vezes seguem em paralelo e embora próximos, permanecem separados. Ao longo da nossa existência inúmeras pessoas chegam para rechearem nossas histórias, mas ao mesmo tempo uma porção delas, acaba partindo. Vinícius de Morais, com todo seu intelecto e discernimento sobre a vida já dizia: “A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros na vida”. Algumas pessoas simplesmente não nasceram para serem amigas, por isso se diz que “o santo não bateu”, outras pessoas não nasceram para serem inimigas e são definidas como “amigos de fé, irmãos camaradas”, algumas entram na vida de outras como um foguete, não demoram muito mais deixam uma mensagem de amor e amizade quando partem, outras por sua vez, não nasceram para ficarem juntas e amarem- se como um casal e acabam sofrendo com o amor não correspondido.
        
             Enfim, tudo perdura seguindo em frente, quer aceitemos ou não, a vida continua a cada badalar do relógio. Você chega, você sai, você encontra, você perde, você chora, você sorri, você agradece, você pede desculpas e, independente do que aconteça a roda da vida permanece girando a cada recomeço, a cada fim, a cada certeza e a cada dúvida. Permanece se cumprindo, como um destino traçado a cada encontro e a cada desencontro.